Hedda Gabler, do norueguês Henrik Ibsen, que estreia no Espaço Parlapatões

Escrita em 1891, Hedda Gabler, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (1828-1906), cria uma reflexão atemporal sobre o papel da mulher na sociedade. A peça ganha uma nova montagem traduzida por Leonardo Pinto Silva com direção de Márcio Macena que estreia no dia 14 de junho no Espaço Parlapatões. O elenco conta com Mel Lisboa, Samuel de Assis, Dudu Pelizzari, Rafael Maia, Carol Carreiro e Yael Pecarovich.

Espetáculo é a quarta montagem do grupo A Não Companhia de Teatro, que traz em seu currículo Rita Lee Mora Ao Lado (2014), Otelo (2015) e Pedras Azuis (2016).

A encenação proposta pelo diretor Márcio Macena é pautada pela simplicidade e atemporalidade. “Minha escolha parte para uma encenação atemporal, com uma simplicidade exigida ao trabalharmos com a grandeza do texto de Ibsen e a qualidade do elenco que temos. Acredito que esses dois elementos já são suficientes para se fazer um bom espetáculo. Esse é o maior trunfo para falar desse feminismo, palavra que nem existia na época que o texto foi escrito, e que a figura da Hedda traz com tanta força. Quem diria que um texto escrito em 1890 seria tão atual”, revela.

SINOPSE

Hedda (Mel Lisboa) é filha do falecido general Gabler, que morreu sem lhe deixar herança. Perto dos trinta anos, acabou se casando com Jorgen Tesman (Dudu Pelizzari), que está esperando por uma próspera cadeira na Universidade. Hedda está grávida, fato que ela esconde de todos; logo que chegam de viagem, Jorgen descobre que precisará competir pela cadeira na Universidade, justamente com um dos antigos admiradores de Hedda, Eilert Lovborg (Rafael Maia), conhecido por ser um boêmio, talentoso, mas propenso a beber demais. Apesar disso, ele tem vivido sobriamente, e está escrevendo duas teses em colaboração com Thea Elvsted (Carol Carreiro), que está apaixonada por ele, tendo inclusive deixado o marido para segui-lo.

No curso de apenas dois dias, Hedda participa de uma série de acontecimentos com consequências dramáticas. Ela consegue embebedar Lovborg e ele perde o manuscrito de seu novo livro. Jorgen Tesman o encontra e dá a Hedda para cuidar, mas ela não conta a Lovborg, queima o manuscrito e lhe dá uma das pistolas de seu pai, dizendo-lhe para atirar em si mesmo. Lovborg leva porém um tiro acidental em um bordel, e o juiz Brack, que sabe de onde a pistola veio, usa esse conhecimento para chantagear Hedda, para que ela se torne sua amante. Quando ela percebe que está no poder de Brack (Samuel de Assis), uma reviravolta inesperada acontece, mudando a vida de todos daquele lugar.

FICHA TÉCNICA

  • Texto: Henrik Ibsen
  • Direção: Márcio Macena
  • Elenco: Mel Lisboa (Hedda Gabler), Samuel de Assis (Brack), Dudu Pelizzari (Jorgen Tesman), Rafael Maia (Eilert Lovborg), Carol Carreiro (Thea Elvsted) e Yael Pecarovich (Berte)
  • Tradução: Leonardo Pinto Silva
  • Adaptação: A Não Companhia de Teatro
  • Diretora Assistente: Glaucia da Fonseca
  • Assistente de direção: Renan Paini
  • Iluminação: César Pivetti e Vânia Jaconis
  • Cenário: Márcio Macena e Morena Carvalho
  • Figurino: Márcio Macena e Carol Badra
  • Visagismo: Dicko Lorenzo
  • Trilha Original: Márcio Guimarães
  • Fotos: Hudson Senna – estúdio Tocha
  • Direção de Produção: Morena Carvalho
  • Produção Executiva: Daniela D’agostino
  • Designer Gráfico: Pietro Leal
  • Mídias Sociais: Beatriz Miranda
  • Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Hedda Gabler, de Henrik Ibsen

Espaço Parlapatões – Praça Franklin Roosevelt, 158, Consolação

Temporada: 14 de junho a 28 de julho

Às sextas e aos Sábados, às 21h; e aos domingos, às 20h

Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada)

Duração: 105 minutos

Classificação: 14 anos